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Thursday, June 26, 2014

DIY Cherry Chutney



Eu tenho uma necessidade quase incontrolavel de querer saber sempre mais um bocadinho sobre alguma coisa.
Quando me comecei a interessar pelas novas tendências (um pouco radicais) dos americanos sobre alimentação encontrei um padrão.
Em todos os relatos de Paleo ou Whole30 Followers há em comum as vantagens que notam na mudança de alimentação de produtos altamente processados para naturais e biológicos. Muitos passam a plantar os seus próprios legumes, produzem o próprio leite (de cereais), abdicam dos molhos de compram e descobrem novas formas de dar sabor às comidas que até há bem pouco tempo nem sabiam que existiam.

Eu já estive no outro lado deste jogo. Eu já comi "bem" e mudei-me para os estados unidos e passei a comer mal. Ao início nem sentimos a mudança, mas poucas semanas depois o corpo pede por peixe fresco, pede fruta, pede menos molhos e menos gorduras. O cúmulo que senti foi precisar de comer McDonald para desintóxicar, para me sentir menos "doente".

Agora,  uma coisa que nem todos relatam é o que se sente nos primeiros dias após tamanha mudança de hábitos. Depois de mudar de mal para bem.
Nós habituamo-nos a ter na nossa alimentação a quase todas, se não todas as refeições, hidratos de carbono e açucar. Crescemos com batatas à mesa, arroz ou massa ao almoço ou ao jantar. Um pão com manteiga ao pequeno almoço e bolinho ao lanche na pastelaria do bairro. O nosso corpo aprendeu a viver assim. Aliás, a roda dos alimentos, dizia-nos que, nas porporções correctas, a nossa alimentação até não era das piores.

Mas mudemos. Mudemos de hábitos e tentemos abdicar da batata cozida a acompanhar o bacalhau, ou do arroz branco com o frango assado no forno, ou da massa de atum. Vamos deixar de comer o bolo ao lanche e preferir uns sticks de vegetais, ou um batido de fruta.
Eu continuo acreditar que esta é a mudança correcta, não me interpretem mal. É, sem dúvida, muito mais saudavel, mas os primeiros dias, meus amigos, são (perto de) excruciantes. A energia desaparece, dói-nos o corpo, temos sono, e pouca paciênca.

Eu li, e senti. Custa, custa mesmo muito, mas depois passa, dizem. Enquanto não passa, disfarçamos a necessidade e aumentamos os níveis de paciencia, com chutneys feitos em 10 minutos. Pode não ser perfeito, mas vais fazer a vida dos que nos rodeiam certamente muito mais fácil. (Aturar-me com fome e o cabo dos trabalho)

Ingredientes
3 c. sopa de compota de Cerejas caseira
1 c. sopa de vinagre
1 c. chá de vinagre balsámico
1 c. chá sumo de limão
1 c. chá de sal
1 c. café de pimenta moída
1 malagueta fresca picada
1 ramo de hortenã

1. Numa panela pequena junte todos os ingredientes e metade do ramo de hortelã picado. Deixe ferver durante 10 minutos, mexendo de tempo a tempo para não pegar.
Inicialmente pode verificar que a compota ficará mais líquida, mas depois de 5 minutos a ferver começa a ficar novament em ponto rebuçado.
2. Ao fim de 10 minutos junte a restante hortelã picada e sirva com sobre a carne.

Cooking is at once child's play and adult joy. And cooking done with care is an act of love.  Craig Claiborne

Tuesday, June 24, 2014

De corrida, porque o tempo é pouco ou eu ainda não me habituei à mudança



Comer melhor, gastar menos, ser mais saudável.
Tem sido este o lema das últimas duas semanas, no que toca ao almoço. Uns dias corre bem, outros nem por isso, e apago as mágoas em café e palmieres.
O ideal é transportar isto para o jantar e depois fazer disto estilo de vida. O mais difícil? Abdicar das massas, do arroz, dos 4 ou 5 cafés por dia e principalmente acalmar a ansiedade sem comida.

Já percebi que é uma questão de rotina. Encher a marmita de snacks que me afastem do café em momentos de cansaço, e planear.

Snacks
Sticks de Pepino com 1 fatia de presunto mal curado
Frutos Secos
Maça recheada com peanut butter e sementes de girassol.

Almoço
Muffins de ovos, milho e atum com salada de alface

Muffins de ovo, milho e atum:
1. Saltear meia lata de atum com tomate, uma colher chá de mostarda e muitos coentros. Juntar milho a gosto.
2. Bater 1 ovo com 1 colher de sopa de leite e temperar com sal e pimenta.
3. Juntar o refogado de atum ao ovo batido e colocar em formas de silicone. Levar ao forno pre-aquecido a 200 graus durante 15-20 minutos.

Make each day your masterpieace

Monday, June 23, 2014

In the end can we have it all?

Ainda ando à procura do ponto de equilibrio da minha vida

Não tento comer melhor só para emagrecer. Tento comer melhor porque acredito que se formos mais saudáveis somos mais felizes. Tento comer melhor porque sei que noites sem dores de estômago me dão manhãs e dias melhores. Tento comer melhor porque preciso de planos na minha vida e isto passou a ser um deles.

Comer melhor é bom. Faz-me bem à sanidade mental. Comer melhor é difícil.
Tão difícil que ontem deitei-me e adormeci a pensar em saladas de camarão com manga e toranja e com saudades do meu pai.
  
Legumes Salteados com guacamole

Ingredientes:
1/2 beringela
6 cogumelos frescos
Feijão verde a gosto
1 cabeça de alho
2 c. cha de oregãos
1 c.sopa de azeite

Guacamole simples:
1/2 abacate
coentros 
1 c.sopa de azeite
sal e pimenta qb

1. Cozer o feijão verde em água a ferver durante 10 minutos
2. Saltear os cogumelos com a beringela, em azeite oregãos e alho, até a beringela começar a ficar transparente. (Eu gosto dela bem passada, quase desfeita)
3. Juntar o feijão verde mexendo para que este ganhe os temperos do salteado. Tempere a gosto com sal e pimenta.
4. Esmagar (com um garfo ou varinha) o abacate com o azeite e os coentros. Temperar com sal e pimenta.

One cannot think well, love well, sleep well, if one has not dined well. (Virginia Woolf)

Tuesday, June 17, 2014

Salada de Couscous com carne desfiada e molho de iogurte



Passei o dia de ontem a idealizar uma salada mexicana com a carne estufada (muito tenrinha) que tinha em casa pensada para o jantar.
Enquanto trabalhava saltitavam-me imagens cerebrais daquelas saladas mexicanas que comia no Texas cheias de milho, abacate, feijão e carne muito temperada.

O resultado não foi nada do idealizado. De jantar mexicano passamos para o médio oriente e um jantar rápido tornou-se uma boa surpresa.

Ingredientes:
Carne para estufar
1 chávena de couscous
1 lata de milho
1 pepino
alface q.b
1 iogurte natural
2 folhas de hortelã
sal
pimenta
paprika
cominhos
gengibre
cravinho

1. Carne: Estufar a carne (numa panela de pressão). Aqui foi onde dei o toque do cravinho e dos cominhos que fez com que a salada me fizesse retornar a Istanbul.
2. Couscous: Numa taça temperar o couscous com sal, pimenta, gengibre e paprika. Cobrir com água a ferver (cerca de 1 cm a cima do couscous) e tapar a taça com pelicula aderente furada durante 5 minutos.
3.  Molho de Iogurte: Misturar no iogurte meio pepino ralado. Temperar com sal, pimenta e hortelã a gosto.
4. Salada: Misturar o milho, com o restante pepino cortado a gosto, e alface. Juntar o couscous e a carne desfiada.

A taste of good life

Sunday, June 15, 2014

Salada de salmão com pesto de coentros (Samon pasta with coriander pesto)


Reneguei as minhas origens e apaixonei-me por coentros quando decidi que Lisboa passava a ser a minha casa.


Ontem, depois de um fim de semana emocionalmente esgotante, mas feliz, tinha saudades da minha cozinha.
De um lombo de salmão grelhado saiu esta salada que, aposto, vai fazer parte do menu dos próximos tempos.

Ingredientes:
Lombo de salmão
1 molho de coentros
1 mão cheia de cajus
massa a gosto
1 lima
sal e pimenta qb
4 c sopa azeite

1. Temperar o salmão com sal, pimenta e sumo de lima.
2. Grelhar o salmão a gosto
3. Numa picadora juntar os coentros, cajus, sal e 3 colheres de sopa de azeite. Assim que obtiver uma pasta uniforme, juntar uma colher de azeite e mexa.
4. Cozer a massa em agua a ferver durante 10 minutos.
5. Saltear, por fim, a massa cozida em 2/3 do pesto.
6. Juntar o salmão defiado (opcional)
7. Regar com o restante pesto.

Bom apetite e bom jantar na varanda.
Por aqui acompanhamos com uma sangria de rosé.
Jantar perfeito, companhia perfeita, pena amanhã já ser segunda feira.

Wednesday, June 11, 2014

Voltamos, aos pouquinhos ...



A vida muda-nos.
Se no dia que fizemos apple chips me dissessem que em 6 meses estariamos numa casa nova, com novas pessoas na nossa vida achava que era impossível.
Eramos felizes num metro quadrado de cozinha. Tão felizes...

A vida muda-nos.
Muda-nos as vontades, as prioridades, os amores.
A mim tirou-me a segurança de uma casa pequena onde não cabia o futuro. E isso mudou-me.

A vida muda-nos. As mudanças não são sempre más. Esta vai ser uma mudança boa. Vai, um dia, eu sei. Até lá vamos voltando aos pouquinhos... Com uma cozinha grande, menos uns quantos kilos na barriga e nas ancas, mas a mesma vontade de ser feliz a comer.

Vamos voltar a ser felizes a comer.
A vida muda-nos, é verdade, mas só faz sentido se for uma mudança feliz.

Voltamos. Mudados, inseguros, mas mais saudáveis.